Cidade do futuro: conheça esse lugar mais acolhedor e humano!

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 2050 cerca de 66% de toda a população mundial viverá em centros urbanos, bem como é esperado um aumento de 2,5 bilhões de pessoas no número de habitantes.

Essas previsões, reunidas às demandas climáticas e à preocupação com a qualidade de vida, exigem um novo planejamento para que a cidade do futuro não apenas comporte todos os habitantes como também ofereça recursos de qualidade, infraestrutura mais humanizada, cuidados ambientais e mais possibilidades de interação social e acolhedora entre as pessoas.

Assim, para entender melhor sobre esse lugar, acompanhe este artigo e confira os principais pontos sobre a cidade do futuro!

Cidade do futuro: o que é?

A cidade do futuro é acolhedora, mais humana e desenvolvida a partir de um planejamento que incentiva as relações e interações entre as pessoas. Junto a isso, o conceito abarca características inteligentes e tecnológicas que ajudam a atender às necessidades de todos.

As temáticas de sustentabilidade, saúde e qualidade de vida também entram em destaque quando se trata de uma cidade do futuro, uma vez que essas questões estão tendo cada vez mais impacto na vida urbana e necessitam de soluções em todas as áreas – inclusive nas de planejamento urbanístico, arquitetônico e de paisagismo urbano para valorizar a natureza nos grandes centros.

A tendência é que esse novo formato urbano utilize mecanismos tecnológicos como Inteligência Artificial, Internet das Coisas, ruas inteligentes, Big Data e infraestruturas diferenciadas.

 

De acordo com livro O Futuro é das CHICS: como construir agora as cidades humanas, inteligentes, criativas, lançado pelo Instituto Brasileiro de Cidades Inteligentes, Humanas e Sustentáveis (IBCIHS) em parceria com a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, a gestão de uma cidade desse molde é diferenciada.

Ela deve ser sistêmica, integrada, transversal e integral considerando 5 camadas:

  • Subsolo;
  • Pessoas;
  • Solo;
  • Infraestrutura de tecnologia;
  • Plataformas: Blockchain, Internet das Coisas e Inteligência Artificial.

Com isso, torna-se possível obter diversas vantagens que serão elencadas a seguir. Confira!

Quais são as vantagens das cidades humanas e inteligentes?

O que já foi abordado até aqui promove a possibilidade de obtenção de diversas vantagens nas cidades humanas e inteligentes, que englobam vários aspectos do cotidiano da população, tendo como foco a construção de lugares bons para viver, visitar, estudar, trabalhar e investir. Tudo isso de maneira ecológica, humana e interligada.

Além disso, espera-se promover avanços significativos na redução da poluição, na melhora da acessibilidade, na inclusão da diversidade e na criação de espaços mais propícios para as interações humanas.

Em algumas cidades pelo mundo, como em Chicago, nos EUA, já estão sendo utilizadas tecnologias em postes de luz que identificam se a qualidade do ar está satisfatória, além de haver a coleta de dados sobre temperatura, tráfego e demais informações úteis para trabalhar na melhoria da qualidade de vida da população.

Em outros lugares, como em Pequim, na China, já existem cidades mais inteligentes que testam dispositivos tecnológicos com capacidade de purificação do ar para filtrar partículas prejudiciais à saúde e devolver ar puro.

Portanto, os benefícios que esse novo conceito de cidade tem a oferecer à população mundial são muito grandes e necessários.

Pode existir cidade do futuro no Brasil?

É importante trazer o tema para perto e pensar na cidade do futuro no Brasil. Ela é possível de ser criada, bem como as cidades atuais podem e devem ser adaptadas.

No entanto, é preciso ponderar que o Brasil é um país com grandes dimensões e com questões muito mais agravadas em termos de desigualdade social e infraestrutura, por exemplo, do que outros países mais desenvolvidos.

Porém, isso não significa que a cidade do futuro e mais humana não seja possível, mas apenas que o conceito precisa ser adaptado à realidade do país, utilizando outros modelos populacionais como inspiração.

Um exemplo de projetos que já estão em pesquisa no Brasil acerca do tema é o Favelas 4D do MIT. O projeto pensa em um escaneamento 3D a laser na maior favela do Rio de Janeiro, a Rocinha, com intenção de estabelecer uma análise da morfologia para possibilitar intervenções de políticas públicas.

Além disso, entre outras ideias, é possível pensar em projetos de paisagismo urbano nas cidades do Brasil para que auxiliem nos impactos ambientais e ainda promovam espaços de convívio com sombras, frutos e flores nos espaços públicos, criando ambientes mais convidativos e que estimulem a conexão humanizada da população.

Sendo assim, cada região deve adaptar a cidade do futuro para abastecer as necessidades de suas populações, pensando sempre em tópicos como mobilidade, integração social, saneamento, sustentabilidade, diversidade e inclusão, tudo isso com apoio tecnológico.

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Homem segurando uma maquete de uma cidade inteligente, representando a construção da cidade do futuro.